sábado, 20 de abril de 2013

História - Conteúdos trabalhados até agora - Parte 6



Por Prof. Moisés
AS GUERRAS MÉDICAS OU GRECO PÉRSICAS
é fato notável de que, no século VI a.C., as poleis gregas da Anatólia (ásia Menor) e na Magna Grécia (sul da Itália e Ilha da Sicília) apresentavam maior desenvolvimento econômico e cultural que as da própria Grécia. Destaque maior deve ser dado às principais poleis da Anatólia: Mileto, éfeso, Samos e Lesbos. Estes eram, sem dúvida, os mais prósperos centros irradiadores da civilização helênica.





O Reino Lídio fazia fronteira com as poleis gregas da Anatólia e mantinha intensas relações mercantis com elas. Esse contato fazia com que a Lídia assimilasse, em larga escala, os padrões culturais da civilização helênica; em contrapartida, o Reino Lídio foi estabelecendo uma efetiva hegemonia política sobre a Anatólia.O estabelecimento da hegemonia lídia é facilmente compreensível se levarmos em consideração não só a inexistência de uma unidade política entre as poleis gregas da Anatólia, como também a existência, muitas vezes, de intensas rivalidades entre elas. Em 548 a.C., Ciro, rei dos persas, em sua política imperialista, conquistou o Reino da Lídia e, por extensão, estabeleceu seu domínio político sobre a Anatólia. A sujeição ao Império Persa não alterou, substancialmente, a vida de Anatólia; entretanto, mudou drasticamente os objetivos imperialistas persas.
A partir do estabelecimento de seu domínio sobre a Anatólia, os persas passaram a participar, indiretamente, do comércio mediterrâneo. A inserção dos persas nos assuntos mediterrâneos orientais fez com que o imperialismo persa passasse a almejar o domínio dos Bálcãs. Esse objetivo era favorecido pela fragmentação política da Grécia e pelas frequentes e intensas rivalidades entre as cidades-estados da Grécia. Entre 499 e 494 a.C., as poleis gregas da Anatólia, apoiadas por Atenas, revoltaram-se contra o domínio persa. Esses dominadores, tendo subjugado os povos revoltosos da Anatólia, voltaram sua atenção para os Bálcãs e, nesse contexto, em 492 a.C., conquistaram a Trácia e a Macedônia, cujo governo foi entregue por Dario I a Mardônio e cuja posse serviria de base de apoio para futuras incursões no território grego.


Em 490 a.C., os persas, sob comando de Mardônio e com apoio de Hípias, tirano deposto de Atenas, iniciaram a invasão da Grécia Setentrional, fixando como objetivo primordial a conquista da ática. Os gregos, graças a uma vitória na Batalha de Maratona, conseguiram rechaçar essa primeira tentativa de conquista empreendida pelos persas; esse povo atravessou uma série de problemas internos em seu Império (revolta do Egito, morte de Dario I e sua sucessão por Xerxes). Essa situação fez com que, por dez anos, os persas não voltassem a ameaçar diretamente o território grego. Esse período de trégua deu aos gregos, a possibilidade de se organizarem melhor, particularmente através da conscientização de diversas cidades-estados de que o problema persa representava uma ameaça para toda a Grécia e não apenas para Atenas.
Em 480 a.C., teve início uma nova campanha persa na Grécia. De imediato, Tessália foi tomada e o avanço sobre a ática iniciado; neste, os persas foram retardados pela passagem no desfiladeiro das Termópilas, graças à ação dos espartanos sob o comando de Leônidas.Esse atraso nas Termópilas permitiu que a população de ática fosse evacuada para Salamina. Quando os persas tomaram  e saquearam Atenas, ela estava despovoada. Em seguida, os invasores pretendiam vencer, definitivamente, os gregos concentrados em Salamina.
Desde o final da primeira incursão persa, os atenienses, liderados por Temístocles, haviam montado uma poderosa frota naval, graças à qual foi possível impedir uma derrota na batalha naval de Salamina. Com a perda persa em Salamina, a hegemonia marítima passou para as mãos dos gregos, tal fato foi decisivo para o destino da guerra.
Em 479 a.C., os persas tentaram uma nova investida e, desta feita, foram derrotados pelos espartanos em Plateia (Pausânias era o chefe espartano nessa batalha) e pelos atenienses em Mícale. Diante dessas duas derrotas, os persas tiveram de desistir definitivamente da conquista da Grécia, já que seus exércitos e sua frota naval foram quase que totalmente destruídos.

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